No calendário que
assinala os dias importantes o dia da música é daqueles que, de modo algum,
devia ser esquecido.
A música acompanhou o
evoluir da própria humanidade e refletiu cada etapa da História, cada período
foi marcado pelo som das notas musicais cujos acordes entoaram com todo o seu
esplendor a mentalidade de uma época.
Para além disso, a
música acompanha-nos ao longo de toda a vida, nos momentos felizes e na
tristeza.
No berço fomos
embalados pelo cântico da nossa mãe, no jardim-de-infância aprendemos as
primeiras canções, no trabalho cantamos, nem que seja baixinho, para afastar o
cansaço, nos momentos de lazer é a música que nos faz companhia.
Nas ocasiões marcantes
ela está presente, é ao som da música que subimos ao altar no dia do casamento e
é também com ela que nos despedimos do mundo. A música enxuga-nos as lágrimas.
A música é de todos nós,
é património universal, dos entendidos, dos que sabem decifrar os enigmas
musicais e dar vida e voz à escrita simbólica de uma pauta musical. E daqueles
que se deixam seduzir, dos que escutam, dos afinados e dos que desafinam, dos
ídolos e dos que ficaram pelo caminho.
A música é inspiradora,
a tela dos pintores, seja qual for a pincelada, faz dela modelo de inspiração,
o poeta regista-a nos seus escritos.
Cada um de nós tem a
sua música do coração, aquela que é só sua sem ser sua, aquela que está no
arco-íris da nossa felicidade ou na flor que murchou no dia em que o sol não
brilhou.
Com música trabalhamos, com música festejamos,
com música lutamos, com música oramos, com música choramos, com música amamos.
Como diria D. Quixote «Onde há música não pode
haver coisa má”.