segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Visita ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo

 

No passado dia 24 de janeiro o GTC , das bibliotecas escolares da Figueira da Foz, deslocou-se ao ANTT , em transporte cedido pela autarquia. A visita foi organizada pela  coordenadora interconcelhia, Drª Graça Barão. A visita integrou  também docentes  das várias escolas /agrupamento do concelho, ligados  às respetivas  bibliotecas escolares.
 A atividade incluiu uma visita guiada às instalações e exposições, palestra sobre  as potencialidades/oferta da instituição e pesquisa na base  de dados.
Uma iniciativa bastante enriquecedora para o grupo de trabalho e que  superou as expectativas do grupo participante.

Autor do mês- José Eduardo Agualusa


 
 
José Eduardo Agualusa é um escritor angolano nascido em Huambo a 13 de dezembro de 1960. Define-se como um angolano em viagem, quase sem raça, que gosta do mar e de um céu em fogo ao fim da tarde. Assumidamente viajante, os seus compromissos profissionais, literários e editoriais levam-no a repartir-se entre Portugal, Angola e Brasil, por isso, considera que, a nacionalidade nada tem a ver com o lugar onde se nasce. A identidade é determinada pela continuidade da viagem A semelhança da sua obra, “A vida no Céu” concorda que o apelidem de nefelibata- alguém que vive nas nuvens. Os aviões levam-no ao céu e a escrita, muita redigida durante a viagem faz com que ande sempre com a cabeça nas nuvens. Estudou agronomia e silvicultura, em Lisboa, mas a sedução pelas letras sobrepôs-se e condicionou as suas opções profissionais, acabando por se dedicar ao jornalismo e à escrita. Presentemente faz da escrita a sua profissão, tudo se deveu ao gosto pela leitura. Considera que foi a leitura de Eça de Queirós a quem dedicou a obra “Nação Crioula”, que primeiro o motivou para a escrita. Jorge Luís Borges, escritor latino-americano, foi outra influência assumidamente reconhecida. Considera a escrita uma diversão,  mas também lhe reconhece a faceta pedagógica, pois, acredita que a escrita pode transformar o mundo. É um escritor multifacetado que se movimenta através do romance, do conto, das novelas, das crónicas ou das peças de teatro, num estilo, marcado pela simplicidade, clareza e ritmo. Cultiva o gosto por  uma escrita musical e com ritmo «O ideal é que tudo pudesse ser cantado no texto que escrevo» declara. Os temas dos seus livros retratam uma realidade  que tão bem conhece: a realidade angolana, a guerra colonial, o pós-guerra, os abusos de poder, a luta diária de um povo que luta pelos seus  mais básicos direitos,  a miséria dos mais desfavorecidos, contraposta com a corrupção das  minorias, incluindo a da classe política Agualusa não hesita em afirmar que a sua obra é influenciada pelas suas vivências culturais e pessoais, tudo o que o rodeia pode servir-lhe de inspiração, desde a letra de uma canção, a cena de um filme, uma passagem de um livro ou o simples estado da natureza. Por isso, todos os seus livros têm a marca das suas deslocações espaciais, é como se a luz dos lugares se refletissem nos livros, como se de uma espécie de geografia do ambiente se tratasse. O reconhecimento do seu trabalho, onde já constam cerca de 25 títulos  e da sua obra mereceram-lhe a tribuição de várias bolsas de criação literária e o recebimento  de vários prémios. De referir também que muitos dos seus títulos já foram adaptados ao cinema, nomeadamente o Vendedor de Passados.

Para os jovens  que queiram ser escritores faz apenas uma recomendação, com base  no seu testemunho pessoal:

«O principal é ler muito. Eu sou uma pessoa feliz hoje porque sou escritor. É uma atividade maravilhosa ver um livro ser construído, de repente tudo começa a fazer sentido. É absolutamente maravilhoso. Aconselho, a qualquer jovem, que insista. Primeiro é ler muito. Segundo nunca perder a paciência, nem a vontade de continuar, mesmo que em princípio pareça difícil. Quando fazemos o que quer que seja com paixão acabamos por fazer bem. E os livros bons acabam sempre por encontrar seus leitores».

Visita ao Museu do Mar - Figueira da Foz


A  convite da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, em articulação com a Biblioteca Escolar de Alhadas, os alunos do 5º A  e da EB 1 de Vigários deslocaram-se ao Museu do Mar, da Figueira da Foz, no dia 27 de janeiro, das 9h.30 às 12h, em transporte cedido pela autarquia, a fim de visitarem este espaço, acompanhados pelas professoras    Paula Esteves, Teresa Gaspar e Odete Xavier. Esta atividade teve como principal objetivo conhecer formas de património local ligadas à atividade piscatória, reforçando assim a identidade local. Pela expressão de  satisfação e comentários dos participantes  a atividade foi bastante proveitosa, tanto no aspeto lúdico como no aspeto pedagógico e  esteve  à altura das expectativas.
 De realçar o comportamento  correto e participativo dos alunos  no decurso  da a atividade.

 

 

Vamos cantar as janeiras


No dia 22 de janeiro voltou-se  a  cumprir  a tradição na  Escola EB 2/3 Pintor Mário  Augusto de Alhadas, os alunos do  Clube de Música, dinamizado pela professora Cristina Mendes, saudaram a   comunidade com os cânticos das  janeiras, desejando, desta forma, um feliz ano novo a todos,  à semelhança  das práticas dos antigos romanos. Para este povo  o mês de janeiro era consagrado ao deus Jano, o deus das portas e da entrada, considerado porteiro dos Céus era por isso ,muito venerado por este povo que,  deste modo, esperavam a sua proteção, pedindo-lhe que afastasse das casas os espíritos maus. Era igualmente tradição entre os romanos, no começo de um novo ano, a saudação entre si, como sendo outra manifestação do culto de Jano.Dando continuidade   a estas formas de património imaterial os alunos deslocaram-se ao  Centro de Saúde local onde fizeram  a demonstração musical da sua intenção. Foram muito bem recebidos  e  a senhora diretora do centro, como boa  anfitriã , retribui com uns docinhos  que levaram ao céu das delícias os participantes, que , por sua vez, também deixaram aos presentes um marcador de livros, executado com a colaboração da BE-A com quem articularam a atividade, com um registo informativo desta tradição.Os janeireiros   saudaram , do mesmo modo, os professores e assistentes operacionais com mais uma demonstração.  Os colegas do 1º CEB da EB1 de  Alhadas também não foram esquecidos, também eles presenteados  com os votos de um bom ano , proferidos pelas vozes afinadas  e acordes bem ensaiados dos instrumentos, que deixaram muito orgulhosa a professora  Isabel Fernandes  ex professora (1º CEB) de alguns destes alunos.  Este encontro foi ainda pretexto para  que estes alunos  quisessem mostrar os dotes, para tal fizeram questão de executar uma demonstração  musical especialmente dedicada à sua mestra, sob o olhar  atento e orientador da professora Cristina Mendes

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014