domingo, 17 de maio de 2015

A tradiçãon ainda é o que era - O Dia da Espiga



A biblioteca escolar da Escola Pintor Mário Augusto comemorou, no dia 14 de maio, o Dia da Espiga, sensibilizando a comunidade escolar para mais uma manifestação do património imaterial.
O Dia da Espiga é o dia em que as pessoas vão ao campo apanhar a espiga, a qual não é apenas um simples ramo de várias plantas, a sua composição, é plena de simbolismo. É considerado um poderoso e multifacetado amuleto e deve ser guardado durante um ano. E pendurado, por norma, na parede da cozinha ou da sala, para trazer a abundância, a alegria, a saúde e a sorte. Em muitas terras, quando faz trovoada, por exemplo, arde-se à lareira um dos pés do ramo da espiga para afastar a tormenta.

O simbolismo está patente nas plantas que constituem o ramo: malmequer branco e malmequer amarelo - ouro e prata, alecrim - saúde e força, oliveira - paz e luz, papoila - amor e vida, trigo - fartura e pão e videira - alegria 
 Em contexto de sala de aula os alunos refletiram sobre esta comemoração e respetivas origens, anteriores à era cristã e o aproveitamento feito pelo cristianismo desta prática pagã. A abordagem do tema permitiu a troca de experiências e o testemunho dos alunos a respeito desta celebração. Um aluno referiu que a avó guarda o ramo de um ano para o outro e no ano seguinte queima-o, lançando
as cinzas nas ribeiras. Referiu ainda que também guarda um pão e que este pão nunca ganha bolor e não endurece muito e que, no ano seguinte come um pedacinho e reparte o resto com os amigos e vizinhos, dizendo que é um pão abençoado.
 Como prova que as tradições são para preservar e deixar o testemunho às gerações vindouras, o Dia da Espiga- Quinta feira da Ascensão, foi devidamente assinalado com a apanha do ramo pelos vários elementos que integram a comunidade educativa: professores, alunos e assistentes operacionais.