quarta-feira, 4 de junho de 2014

A tristeza da princesa Bruna

No  passado dia 9 de maio,  Ana Isabel Bertão, professora no nosso  Agupamento ( Agrupamento de Escolas  Figueira Norte) apresentou , no  Auditório Municipal– Figueira da  Foz, o seu primeiro livro publicado. Trata-se de uma obra  com  aplicabilidade pedagógica ao nível da consciência fonológica, tanto para crianças do 1.º ciclo como para as que se encontram em idade pré escolar, já que trabalha os grupos consonânticos pr, fr, br, cr, dr, gr,....



 
 
O livro  está disponível na BE-A, oferecido pela autora, que desde já agradecemos e que tem sido muito solicitado pelos nossos leitores. Quando se trata de princesas e sobretudo  tristes o público leitor é  garantido.
 
Um bocadinho da história.
 

Próximo de Coimbra viviam, há cento e trinta e três anos atrás, um rei e uma rainha que, apesar de casados há muito tempo, não conseguiam ter filhos.
Um dia, durante o mês de Dezembro, apareceu, como que por milagre, à presença da rainha, uma bruxa. A bruxa Cristiana permitiu que a rainha engravidasse, e, ao fim de nove meses, mais precisamente no dia trinta de Setembro, nasceu uma bela princesa de pele muito branquinha e cabelos muito negros, a quem foi dado o nome de Bruna.
Durante os três primeiros anos, a princesa Bruna viveu muito feliz, mas como não comia, era muito magrinha. Como não comia quase nada, aos poucos, a pequena princesa Bruna foi ficando muito doente. Ficou com febre, apanhou bronquite e começou a ficar muito triste. Os pais estavam muito preocupados com a tristeza da princesa. Não havia nenhum livro, nem nenhum brinquedo que distraísse ou alegrasse a menina.
Numa manhã fria do mês de Novembro, voltou a aparecer à rainha a bruxa Cristiana que lhe segredou que a princesa Bruna só melhoraria se tivesse uns amigos para brincar.
Do outro lado do prado que se avistava das janelas principais do palácio, viviam três irmãos muito pobres que poderiam brincar com a princesa.
Como que por milagre, a princesa logo se alegrou ao ver as três criancinhas.
Cristiana desdobrou o lenço e tirou de dentro dele uma pedrinha brilhante e os olhos da princesinha transbordaram de alegria. Pedro, o irmão do meio, apresentou o seu grilinho que, imediatamente, começou a grilar: gri-gri…gri-gri. Francisco mostrou-lhe a lebre bebé, de pelo muito branquinho, que logo começou aos pulos, e a princesa começou a rir tanto que até lhe caíam lágrimas dos olhos.