terça-feira, 20 de maio de 2014

O Mistério do Dente do Mar


Integrado no  âmbito do “Concurso Literário  2014”  promovido pela  Editorial Caminho, que  conta sempre com uma grande recetividade, na nossa escola, por parte dos alunos, sendo várias as participações. A Sílvia do 5º B  foi um a das concorrentes que se  aventurou , deu asas  à  sua imaginação e vou  para o universo da fantasia.
 Aqui vai a sua história
 
 
Era uma tarde amena de primavera. O céu estava azul como o fundo do mar e uma brisa soprava levemente, assemelhando-se a um canto de sereia. Os animais descansavam à sombra fresca das grandes e majestosas árvores.
Como a tarde estava muito agradável, Bart, o leão mais bonito da savana, com a sua juba dourada e os seus dentes brancos como neve, foi ter com o seu amigo, o tigre Ricardo, que se encontrava a descansar, à sombra de uma árvore frondosa e verdejante. Juntos, encontraram, pelo caminho, a chita mais veloz, o Zezito e o lobo Rúben, que os seguiram, de imediato, pois todos eram grandes amigos e já tinham passado bons momentos e até, vivido algumas aventuras. Para o grupo estar completo, só faltava o falcão peregrino Ian.
De seguida, dirigiram-se todos para o rochedo dos falcões, a ravina mais alta e bonita de todo o mundo animal. Lá encontravam-se os falcões mais velozes e inteligentes, que eram tão unidos e tão parecidos, que até podiam ter saído do mesmo ovo.
Num canto, estava Ian a treinar a sua aterragem. Todos foram ao seu encontro, convidando-o para ir com eles dar um passeio.
Resolveram ir passear pela praia e, enquanto admiravam o mar, o falcão Ian, como tinha bom olho, reparou num objeto a brilhar na areia fina.
- Um dente?! – exclamou o Zezito.
- Sim. É o que parece ser – respondeu Ian.
- O que fará um dente ao pé do mar? – perguntou Rúben.
- Não sei – retorquiu, intrigado Bart.
- Vamos descobrir a quem pertence! – propôs Ricardo.
Assim, os cinco amigos procuravam nas bocas dos animais de toda a savana , mas em vão, pois ninguém tinha um dente a menos e, se tinha, ou era grande ou pequeno demais!
- Não vamos conseguir! – disse Ian.
- Mais vale atirar este dente para dentro de água! – exclamou o Zé, desanimado.
- É isso! – gritou Ricardo – e, se o dente não pertence a nenhum animal terrestre, pertence a um animal…
- Aquático! – exclamou Bart.
- Sim, até faz sentido. O dente até estava ao pé do mar – disse Rúben.
Ok! – interveio Ian. – Vou falar com o meu grande e bicudo amigo pelicano. Ele pode falar com os peixes e, depois, avisa-nos.
No fim de falar com o pelicano, eles esperaram horas e horas pelo seu regresso.
- Desculpem o atraso. Sigam-me e levar-vos-ei até àquele que tanto procuram – justificou-se o pelicano, num gesto de grande respeito.
Assim seguiram, a grande velocidade, o pelicano, e alguns minutos depois, depararam-se com um enorme tubarão baleia.
- Foste tu que perdeste o dente? – interrogou Ian.
- Sim, fui eu. –respondeu o tubarão, com um ar simpático.
- Impossível! Não te falta nenhum dente na boca! – concluiu o Zé.
- Ora essa, Zé – explicou Bart – os tubarões são como os humanos! Quando cai um dente, passado pouco tempo, nasce outro.
- A sério?! – perguntaram o Rúben e o Bart, em coro.
- Sim, é verdade! – disse o tubarão, a rir. – Perdi esse dente há algum tempo. Podem ficar com ele.
- Mas nós somos cinco e o dente é só um!
- Tenho muitos lá em baixo. Esperem, que vou buscá-los. – disse, atenciosamente o tubarão.
Passados alguns instantes, o tubarão disse:
- Aqui têm: quatro dentes brilhantes como o sol!
- Obrigado! – disseram, educadamente, os cinco amigos.
Sempre que Bart. Ricardo, Zé, Ian e Rúben passam na selva todos juntos, levam os seus gloriosos e fantásticos dentes ao pescoço e relembram sempre mais uma aventura que viveram juntos.
 
 
Sílvia – 5º B