Integrado no âmbito do “Concurso Literário 2014” promovido pela Editorial Caminho, que conta sempre com uma grande recetividade, na nossa escola, por parte dos alunos, sendo várias as participações. A Sílvia do 5º B foi um a das concorrentes que se aventurou , deu asas à sua imaginação e vou para o universo da fantasia.
Aqui vai a sua história
Era uma tarde amena de primavera. O céu estava azul como o fundo do mar e uma brisa soprava levemente, assemelhando-se a um canto de sereia. Os animais descansavam à sombra fresca das grandes e majestosas árvores.
Como a tarde estava muito agradável, Bart, o leão mais bonito da savana, com a sua juba dourada e os seus dentes brancos como neve, foi ter com o seu amigo, o tigre Ricardo, que se encontrava a descansar, à sombra de uma árvore frondosa e verdejante. Juntos, encontraram, pelo caminho, a chita mais veloz, o Zezito e o lobo Rúben, que os seguiram, de imediato, pois todos eram grandes amigos e já tinham passado bons momentos e até, vivido algumas aventuras. Para o grupo estar completo, só faltava o falcão peregrino Ian.
De seguida, dirigiram-se todos para o rochedo dos falcões, a ravina mais alta e bonita de todo o mundo animal. Lá encontravam-se os falcões mais velozes e inteligentes, que eram tão unidos e tão parecidos, que até podiam ter saído do mesmo ovo.
Num canto, estava Ian a treinar a sua aterragem. Todos foram ao seu encontro, convidando-o para ir com eles dar um passeio.
Resolveram ir passear pela praia e, enquanto admiravam o mar, o falcão Ian, como tinha bom olho, reparou num objeto a brilhar na areia fina.
- Um dente?! – exclamou o Zezito.
- Sim. É o que parece ser – respondeu Ian.
- O que fará um dente ao pé do mar? – perguntou Rúben.
- Não sei – retorquiu, intrigado Bart.
- Vamos descobrir a quem pertence! – propôs Ricardo.
Assim, os cinco amigos procuravam nas bocas dos animais de toda a savana , mas em vão, pois ninguém tinha um dente a menos e, se tinha, ou era grande ou pequeno demais!
- Não vamos conseguir! – disse Ian.
- Mais vale atirar este dente para dentro de água! – exclamou o Zé, desanimado.
- É isso! – gritou Ricardo – e, se o dente não pertence a nenhum animal terrestre, pertence a um animal…
- Aquático! – exclamou Bart.
- Sim, até faz sentido. O dente até estava ao pé do mar – disse Rúben.
Ok! – interveio Ian. – Vou falar com o meu grande e bicudo amigo pelicano. Ele pode falar com os peixes e, depois, avisa-nos.
No fim de falar com o pelicano, eles esperaram horas e horas pelo seu regresso.
- Desculpem o atraso. Sigam-me e levar-vos-ei até àquele que tanto procuram – justificou-se o pelicano, num gesto de grande respeito.
Assim seguiram, a grande velocidade, o pelicano, e alguns minutos depois, depararam-se com um enorme tubarão baleia.
- Foste tu que perdeste o dente? – interrogou Ian.
- Sim, fui eu. –respondeu o tubarão, com um ar simpático.
- Impossível! Não te falta nenhum dente na boca! – concluiu o Zé.
- Ora essa, Zé – explicou Bart – os tubarões são como os humanos! Quando cai um dente, passado pouco tempo, nasce outro.
- A sério?! – perguntaram o Rúben e o Bart, em coro.
- Sim, é verdade! – disse o tubarão, a rir. – Perdi esse dente há algum tempo. Podem ficar com ele.
- Mas nós somos cinco e o dente é só um!
- Tenho muitos lá em baixo. Esperem, que vou buscá-los. – disse, atenciosamente o tubarão.
Passados alguns instantes, o tubarão disse:
- Aqui têm: quatro dentes brilhantes como o sol!
- Obrigado! – disseram, educadamente, os cinco amigos.
Sempre que Bart. Ricardo, Zé, Ian e Rúben passam na selva todos juntos, levam os seus gloriosos e fantásticos dentes ao pescoço e relembram sempre mais uma aventura que viveram juntos.
Sílvia – 5º B