No âmbito das atividades de produção escrita, desenvolvidas nas aulas de Português,
a professora Clara Ligeiro propôs aos alunos do 5º B a construção de um poema,
a partir da leitura e análise de: “ A lapiseira”, de Luísa Ducla Soares.
A lapiseira
Eu posso viver sem sol,
sem ninguém à minha beira.
mas só não posso viver
sem a minha lapiseira.
Rolo com ela nos dedos,
é varinha de condão,
breve fósforo que acende
lumes de imaginação.
Pássaro de bico negro,
de negro, negro carvão,
que eleva com suas asas
a minha voz e canção.
Chamo o sol e os amigos,
assim, à minha maneira,
viajando no papel
só com uma lapiseira.
Luísa Ducla Soares, A Cavalo no Tempo,
Assim, vários objetos escolares foram o pretexto para uma viagem, através
das palavras e para a descoberta e reencontro de um mundo de afetos e
lembranças, onde só a imaginação nos permite “entrar”.
As minhas canetas
Uso as
minhas canetas
Para nos
livros assinalar
Pequenas ou
grandes palavras
Que acabo
sempre por encontrar.
Gosto de ir
aos meus cadernos
Quando não
estou a estudar
Folha a
folha com cuidado
Gosto sempre
de os enfeitar.
Canetas de
muitos tamanhos e formas
Sempre muito
coloridas
Quando elas
se gastam,
São sempre
substituídas.
Cada uma tem
seu aspeto
Cada uma tem
sua cor
Acabam todas
por ser
Tão bonitas
como uma flor!
Sílvia – 5º
B
Folha de Papel
A minha folha de papel
É mais do que uma folha branca
Que agarro para desenhar
E quase sempre… para sonhar
Posso com ela viajar
Por entre árvores e montes,
Posso fazer dela um barco
Para navegar nos rios e nos mares.
Posso ainda correr mundo
Voando como os pássaros
Transpor vales profundos
E apreender o mundo num segundo!
Beatriz Lemos – 5º B
Bola
Ser bola,
é tão estranho!...
Para quê tanto rolar,
Se só sirvo para chutar?
Gonçalo Pereira – 5º B
A
bola
Eu posso viver sem
A minha consola,
Mas nunca
Sem a minha bola!
Ricardo Matias – 5ºB