Uma exposição de papagaios de papel está patente no hall de entrada da Escola EB2/3 Pintor Mário Augusto.
Tratou-se de mais uma atividade de articulação realizada entre a BE-A e as Educadoras do Ensino Pré- escolar. Os trabalhos foram feitos pelos alunos e contaram com a colaboração dos pais/encarregados de educação. Os trabalhos foram bastante diversificados, a criatividade/originalidade da execução voltou a marcar pontos. O produto final foi excelente, merecedor de rasgados elogios por todos os que visitaram a exposição e apreciarem os papagaios.
Todos os que participaram na atividade estão de parabéns aos quais a BE-A agradece também o contributo para o sucesso da iniciativa.
Todos juntos podemos sempre fazer mais e melhor pelo sucesso escolar dos nossos alunos.
BRINQUEDO»
Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão,
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel á sua mão
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.
Miguel Torga
Deixem-no lá, deixem-no lá, o papagaio!
Deixem-no lá, bem preso à terra,
vibrando!
Deixem-no lá, bem preso à terra,
vibrando!
Aos arranques,
a fazer tremer a terra,
a querer voar
pelo ar
até pertinho do Céu…
Deixem-no lá, deixem-no lá, o papagaio!
Deixem-no lá viver a sua inquietação
e ser verdade aquela ânsia
de fugir.
Não lhe cortem o cordel!
Poupem o papagaio à dor enorme
de cair,
papel inútil, roto, pelo chão.
Não lhe ensinem,
ao pobre papagaio de papel,
que a sua inquietação
é a única força que ele tem.
Deixem-no lá,
naquela ânsia de fuga,
no sonho (a que uma navalha
pode dar o triste fim)
de fazer ninho no Céu:
Sempre anda longe da terra, assim,
o comprimento do cordel…
Deixem-no lá, deixem-no lá,
o papagaio de papel!...
Itinerário Paralelo